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Mostrando postagens de outubro, 2008

O Tempo

Alguns tempo atrás fui ao teatro assistir a peça Encontros Depois da Chuva. Durante os 50 minutos de encenação o tema tratado é a incomunicabilidade do ser humano e a padronização do comportamento diante de um mundo caótico. Em cena quatro atores interpretam personagens e situações diversas do cotidiano, desde cômicas até dramáticas. Com poucas palavras e muitos gestos, a peça também contém algumas coreografias em movimentos vertiginosos. Encontros Depois da Chuva mostra cenas fragmentadas retiradas do dia-dia como tomar o café da manhã em ritmo frenético para não chegar atrasado ao trabalho, pessoas à procura de emprego, outros enfrentando filas e perdendo tempo em um banco, situações corriqueiras de escritório, o chefe mandando e funcionários obedecendo às ordens de forma acelerada, entre outras. Tudo isso mesclado a competições, futilidades, incompetências, correrias e muito stress. Num momento em que o celular é parte integrante e fundamental das vidas das pessoas, os personagens

Cegueira por opção

Algum tempo atrás li o livro O Gosto da Guerra¸ do jornalista brasileiro José Hamilton Ribeiro, que relata os momentos dramáticos que passou em 1968 ao ser correspondente na Guerra do Vietnã. Zé Hamilton viu coisas horríveis e teve dias muito dolorosos, como o dia em que perdeu parte da perna esquerda ao pisar em uma mina. Tudo que ele viu, ouviu e viveu naqueles dias foram inesquecíveis, mas não no sentido bom da palavra. Mas não vou me ater a isso. Quero falar de outra coisa. Em certo momento do livro Zé Hamilton fala que por causa da explosão da mina, seus olhos ficaram muito irritados e ele ficou preocupado. Ele foi medicado, e no dia seguinte acordou sem enxergar nada. Um olho com um décimo de visão e o outro com um curativo, sentiu-se cego e ficou desesperado. Ao recobrar a visão exclamou com alegria: Que delícia! Você deve estar pensando: quanta introdução para iniciar um assunto. Qual será seu propósito? Pois quero dizer que a visão não se limita somente a nossos globos ocul

Paixão Eterna

Aos 14 anos me apaixonei. Não foi uma paixão que veio rápida e avassaladora. Foi um sentimento que foi crescendo aos pouquinhos. Não, não estou me referindo a uma relação amorosa. Estou tentando explicar a minha relação com os livros. Já tinha lido livros antes, a pedido da professora de Português ou Literatura. Mas, quando li o primeiro livro por vontade própria, foi diferente. Foi por influência do namorado, que sempre gostou de ler. Foi ele que despertou a minha paixão pelos livros. De lá para cá, não parei mais de ler. Li vários, mas não li todos que gostaria, porque são muitos e às vezes o tempo não é suficiente. E a cada dia, descubro mais títulos interessantes. Tantas vezes ouvi dizer que a internet tomaria o espaço dos livros. É claro que há praticidade, afinal muitos podem ser encontrados na web. Mas, eu creio que isso não se tornará realidade, pois nada se compara a entrar em uma livraria, olhar as diversas obras, títulos e capas. Nada se compara a deitar numa rede para l