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Mostrando postagens de janeiro, 2009

Os Desejos Dela

Ela bateu à minha porta, já era tarde da noite. Chegou sobressaltada, o coração aos pulos. Disse que não aguenta mais essa situação, nem me deu tempo para reagir, foi logo despejando toda a sua indignação diante das minhas ações, toda a sua frustração. Disse que não aguenta mais esse estilo de vida, que quer viver novas emoções, conhecer outras pessoas, viajar. Ela quer viver. Não consegue mais continuar assim, vivendo da previsibilidade. Ela disse que quer sair sem saber o que vai encontrar e a que horas vai voltar. Quer mudar de casa, começar uma vida nova. Não tive tempo para me defender. Até que demorou para ela se rebelar. Mas, eu sabia que uma hora isso aconteceria. Cedo ou tarde essa hora chegaria. E chegou, de uma forma completamente avassaladora, dando vazão a todos os sentimentos que ela mantinha guardados. Lágrimas rolaram. Tive medo de sua reação. Queria poder voltar no tempo e poder fazer tudo diferente, assim o sofrimento não seria tão intenso. Não tenho máquina do tem

Mais mel, menos fel

Estamos vivenciando a era digital e no auge de suas evoluções. Hoje a maioria das pessoas possui celular, computador, e com essa crescente onda tecnológica, tudo evolui, inclusive a maneira de se comunicar. As pessoas tornaram-se dependentes de celulares, internet, e-mails, MSN, Orkut. É muito difícil dizer que não existe a possibilidade de comunicação. E com todas essas inovações e evoluções, eu me pergunto por que o ser humano também não evolui? Não quero e nem posso generalizar. Afinal existem muitas pessoas interessantes. Essa pergunta me ocorreu um dia desses quando estava acessando meus e-mails e havia recebido vários de um amigo, todos com conteúdos positivos. Os temas eram variados, mensagens, piadas, vídeos engraçados, bonitas imagens. E a cada um que eu abria, me sentia mais leve e contente. Então fiquei a pensar por que todas as pessoas que fazem uso de e-mails, mensagens instantâneas, e tantos outros meios, não fazem o mesmo que o meu amigo? Recebemos tantos e-mails cha

É Preciso Consciência

Nesta semana presenciei uma cena que me deixou indignada. Estava voltando do meu estágio para casa, de metrô, e ao meu lado estavam sentados um casal com seu filho, um menininho de uns quatro anos. Em certo momento o homem estava com um saco de papel em suas mãos e jogou pela janela do trem. Quando sua esposa tentou repreendê-lo por ter feito tal ato, ele argumentou: “Ué, aqui não tem lixeira”. Eu fiquei perplexa com o que ouvi. Como assim? Ele não poderia ter guardado o saco mais um pouquinho e colocar no lixo quando descesse na estação? Não, ele preferiu fazer o que era mais fácil. E fez na frente do filho, uma criança. Será que as pessoas não percebem ou não entendem que a maioria das crianças aprende as coisas por mimetismo, e por isso se espelham nas ações dos pais e mais velhos. Que ‘belo’ exemplo ele deu ao filho! A criança que vê os pais agindo de tal forma pensa que não há problema em fazer o mesmo. Parece inofensivo um saquinho de papel, mas se todos agirem assim, imaginem

Nunca é Tarde

Nunca é tarde para aprender. Nunca é tarde para estudar. Nunca é tarde para praticar esportes. Nunca é tarde para se ver novas paisagens, conhecer novos lugares, fazer novos amigos. Nunca é tarde para se conquistar vitórias. Nunca é tarde para se ter sucesso. Nunca é tarde para sonhar. Nunca é tarde para realizar projetos e concretizar sonhos. Nunca é tarde para dizer a verdade. Nunca é tarde para reconhecer e reparar um erro. Nunca é tarde para pedir perdão. Nunca é tarde para agradecer. Nunca é tarde para fazer o bem. Nunca é tarde para dizer “Eu te amo!”. Nunca é tarde para se aventurar. Nunca é tarde para se iniciar na vida profissional. Nunca é tarde para amar. Nunca é tarde para ser amado. Nunca é tarde para viver o amor. Nunca é tarde para viver. Nunca é tarde para ser feliz!!! * Texto escrito em 05/12/2002

Nítida Artificialidade

É verão e a maioria das mulheres deseja estar com um visual invejável, corpo sarado, bronzeado, malhado. Porém algumas extrapolam nos quesitos esteticamente pré-estabelecidos nos padrões de beleza e do verão. Hoje vi uma mulher que havia exagerado no betacaroteno e ingerido muita cenoura. Sem querer fazer uso de hipérboles, mas a mulher era cor-de-laranja. Brincadeiras à parte, era nítido que ela havia ultrapassado os limites do bronzeamento artificial – digo que era artificial porque de longe se podia perceber que aquela cor não era resultado de um bronzeado natural – era realmente laranja. Para ela – a moça com cor de cenoura – quem sabe ela estivesse se achando bonita, arrasando com aquele bronzeado, mas aos olhos dos outros (mais precisamente, dos meus), ela chamou atenção sim, mas pela cor artificial que ostentava. Hoje muitas pessoas se rendem a diversos métodos para satisfazerem ao ego e assim se apresentarem com uma aparência melhor, aqui também incluo os homens, mas com cert

Sete Vidas

Ben Thomas (Will Smith, de Eu Sou a Lenda ) é um homem que vive amargurado por um erro do passado. O que faz com que os dias de Ben sejam como pesadelos é a culpa que ele carrega por ter provocado um acidente que vitimou sete pessoas. Por não agüentar mais conviver com o remorso que lhe corrói por dentro, Ben decide pôr um fim à própria vida, mas pretende fazer de uma forma que beneficie sete outras pessoas, algumas com seus órgãos, outras de maneiras diferentes. Assim ele acredita que possa unir o útil ao agradável, de certa forma ele sente que agindo de tal forma irá se redimir um pouco do erro cometido e ao mesmo tempo ajudar quem precisa de ajuda. Porém, no meio do caminho a vida lhe prega uma peça. Ben conhece Emily Posa (Rosário Dawnson), a quem ele pretende ajudar e com a convivência, acaba acontecendo o inevitável, se apaixonam. Emily dá novas cores aos dias de Ben, ela pode ser a sua redenção, e mesmo assim ele pretende levar adiante o seu plano. Para isso ele conta com a

O Poder da Música

Sou fã incondicional da trilogia livros, filmes e música. E hoje me rendi ao prazer de ouvir minhas músicas preferidas, e ao escutá-las percebi o quanto elas são importante em nossas vidas. Cada música que escutava me fazia recordar momentos, bons ou maus. A vida é marcada por trilhas sonoras. A minha pelo menos é. Remete-me a momentos e situações passadas e recentes. Coisas que gosto de relembrar, e outras que preferia esquecer, mas, faz parte não esquecer acontecimentos que marcam. A música é algo maravilhoso e é através dela que muitas vezes a nossa lembrança aflora. Nos faz lembrar de um amor não correspondido; de uma amizade que foi muito especial; de alguém que está longe; daquele momento importante onde encontramos o amor; das brigas e dos beijos que vieram em seguida; algumas decepções sofridas. Além de muitas vezes também conter as palavras exatas que queremos proferir, mas não sabemos como expressar. A música é totalmente inspiradora, ajuda aflorar nossos sentimentos, pen

O Curioso Caso de Benjamin Button

Em meio às atribulações da Primeira Guerra Mundial, nasce em Nova Orleans, em 1918 Benjamin Button (Brad Pitt). O bebê nasce com a aparência e doenças de uma pessoa com aproximadamente 80 anos. E à medida que o tempo passa e Benjamin envelhece na idade, seu corpo rejuvenesce. Assim é a história do filme O curioso caso de Benjamin Button , estrelado por Brad Pitt ( Clube da Luta ) e Cate Blanchett (Desaparecidas ). Ao dar a luz ao bebê, Caroline Button (Joeanna Sayler) morre após o parto. Thomas Button (Jason Flemyng), o pai, promete a esposa que sempre cuidará do filho. Porém ao ver o bebê ele toma uma decisão impetuosa, o deixa na frente de uma casa, ao qual é acolhido pela jovem Queenie (Taraji P. Henson). Queenie trabalha numa espécie de asilo de idosos e adota o pobre bebê rejeitado pelo próprio pai, a quem dá o nome de Benjamin. Os médicos dizem que há poucas chances de sobrevivência, porém Benjamim ultrapassa os limites da ciência. Os anos passam, Benjamin cresce na idade, po

O Magnetismo do Buquê

Algum tempo atrás fui a um casamento e pus a pensar numa situação corriqueira que normalmente acontece nas festas de casamento: o momento em que a noiva decide jogar o buquê. Nunca tinha parado para pensar no assunto, mas desta vez foi diferente. Quando o noivo me avisou que logo a noiva jogaria o buquê, pensando talvez que eu fosse fazer parte do grupinho que iria tentar pegá-lo, o assunto começou a se desenvolver dentro da minha cabeça. Já fui a vários casamentos e nunca tentei, nunca me interessei por pegar o buquê, apesar de achar lindas as flores que compõem tal ornamento. Mesmo quando era novinha, nunca competi por isso. Então fico a pensar: porque garotas e mulheres ficam tão alvoroçadas, correm, se esbarram, correndo o risco de caírem, quando a noiva diz “vou jogar o buquê”? Para quê isso? Fazem com que finalidade? Será que realmente acreditam que por causa das tais florzinhas serão a próxima a subir ao altar. Se fosse verdade, se isso realmente acontecesse, não teria tanta

O dia em que a Terra parou

Chegas às telas do cinema um dos filmes mais esperados do ano até o momento. O dia em que a Terra parou traz um remake do filme original, de 1951. Este novo filme traz no elenco grandes nomes do cinema hollywoodiano como Keanu Reeves ( Matrix ), Jennifer Connelly ( Diamante de Sangue ), Kathy Bates ( Titanic ) e o jovem, mas nem por isso com menos talentoso, Jaden Smith (filho do ator Will Smith). Na história apresentada na década de 50, um alienígena de nome Klaatu vinha a Terra com o propósito de alertar aos humanos que a violência entre eles ameaçava a sobrevivência de outras civilizações no universo. O filme atual passou por mudanças em relação ao roteiro original. Mais atualizado, O dia em que a Terra parou assim como no filme Fim dos Tempos (2008) possui um objetivo de cunho ecológico. Agora quem encarna o personagem Klaatu é o ator Keanu Reeves. Tomado por uma forma humana, Klaatu chega a Terra em uma espaçonave, juntamente com o gigante robô Gort e aterrissa em Nova York.

Sentidos

Dos meus olhos caíram lágrimas que um dia chorei por ti. Dos meus lábios saíram as palavras que um dia pronunciei para ti. Nos meus ouvidos ainda ouço as promessas que me fizeste, as palavras que me disseste. Nas minhas mãos ainda sinto a textura de sua pele. Com meu olfato, ainda sinto o cheiro que deixaste aqui, o seu perfume que paira no ar. Ainda hoje, você está tão longe, mas ainda está em mim.

Expansividade Infantil

Outro dia estava caminhando na rua quando de repente ouvi um “oi”. Ao me virar para retribuir, vi que se tratava de uma menina de uns oito anos de idade, de lindos olhos azuis. Logicamente retribui seu “oi” e seu sorriso. Fiquei pensando “ela deve me conhecer”, já que estava perto de casa. Eu não lembrava de seu rosto porque não a conhecia e concluí que ela também não me conhecia, e que me cumprimentou por sua livre e espontânea vontade. Em casa mais tarde a dúvida me assaltou. Por que aquela menininha resolveu cumprimentar e sorrir para alguém que ela sequer conhecia? Não tenho respostas certas. Só sei dizer que talvez ela tenha simpatizado com meu rosto e por isso resolveu me saudar. Ela fez o que a vontade lhe mandou no momento. Agora fico pensando porque os adultos não agem com a expansividade e a espontaneidade das crianças? Por que não são mais fiéis aos sentimentos, como as crianças são? As crianças com certeza são mais sinceras com suas vontades. Se gostam, dizem que gostam.