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Mostrando postagens de 2011

Das coisas que gostava e não gosto mais

Percebi recentemente que algumas coisas que eu gostava já não me interessam ou não me chamam tanto a atenção. A lista começa com os livros de Paulo Coelho. Alguns dirão “ainda bem”. Mas o fato é que devo a Paulo Coelho (e a meu namorado, que lia seus livros) a minha paixão pela leitura. Foi na adolescência, quando a professora de português proibia a turma de ler os livros dele, que passei a prestar atenção em Paulo Coelho, e gostar de ler suas páginas. Encantava-me aquelas histórias de magias, da busca para descobrir o que se quer, dos exercícios – que mais pareciam feitiços – que existiam em alguns de seus livros. Lia todos os livros de Paulo Coelho que passavam pela minha mão, até que chegou a vez de A bruxa de Portobello , e o que parecia interessante se tornou extremamente cansativo. Não aguentava mais ler as mesmas coisas de sempre: magias, caminhos, busca pessoal, guerreiro da luz. Confesso que na minha estante há muitos livros dele, mas que não leio mais. Mas, como sou apegada

É necessário refletir

Na semana passada o Brasil ficou chocado com a tragédia na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro. Também fiquei horrorizada, pois crimes desse tipo, em que um maluco entra numa escola vitimando vários estudantes, parecia coisa quase exclusiva da sociedade norte-americana. Não lembro de ter ouvido falar nada desse tipo no Brasil. Os tristes acontecimentos desencadearam uma série de opiniões e temas a serem abordados. Aqui mesmo neste texto, poderia falar sobre o possível bullying do atirador, sobre a sua possível religião. Mas vou me deter a outros dois assuntos, que, creio, requerem um pouco mais de atenção: a cobertura da mídia e as reações das pessoas diante desse crime. Naturalmente, um crime com tamanha magnitude não pode passar despercebido pela mídia. O fato certamente foi noticiado em todos os veículos, de diferentes gêneros. No entanto, como era de se esperar, a imprensa brasileira explorou ao máximo a tragédia. Na TV, Sonia Abraão e Ana M

Direito à escolha

Fazia tempos que queria assistir ao filme Mar adentro, que já é antiguinho (2004), mas por vários motivos, acabava sempre por adiar. Até que nas últimas férias finalmente consegui ver. Mar adentro tem no papel principal Javier Bardem, com uma ótima atuação. Porém, o meu intuito não é de falar sobre o filme em si e a encenação de Bardem, mas sim sobre o tema que o filme se propõe a discutir: a eutanásia. A história é baseada em fatos reais e retrata a vida de Ramón Sampedro (Bardem), um homem que na juventude sofreu um acidente marítimo que o deixou tetraplégico para sempre. Durante 28 anos, Sampedro esteve preso a uma cama, completamente paralisado e à mercê dos outros. Cansado dessa vida e com plenas faculdades mentais, passou a lutar na justiça para ter o direito de pôr fim ao seu sofrimento. No entanto, seu desejo não foi bem recebido por alguns membros de sua família, pela justiça, pela igreja e pela sociedade. Depois de ver o filme, percebi que ainda não tinha uma posição definid