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Expansividade Infantil

Outro dia estava caminhando na rua quando de repente ouvi um “oi”. Ao me virar para retribuir, vi que se tratava de uma menina de uns oito anos de idade, de lindos olhos azuis. Logicamente retribui seu “oi” e seu sorriso. Fiquei pensando “ela deve me conhecer”, já que estava perto de casa. Eu não lembrava de seu rosto porque não a conhecia e concluí que ela também não me conhecia, e que me cumprimentou por sua livre e espontânea vontade.

Em casa mais tarde a dúvida me assaltou. Por que aquela menininha resolveu cumprimentar e sorrir para alguém que ela sequer conhecia? Não tenho respostas certas. Só sei dizer que talvez ela tenha simpatizado com meu rosto e por isso resolveu me saudar. Ela fez o que a vontade lhe mandou no momento.

Agora fico pensando porque os adultos não agem com a expansividade e a espontaneidade das crianças? Por que não são mais fiéis aos sentimentos, como as crianças são? As crianças com certeza são mais sinceras com suas vontades. Se gostam, dizem que gostam. Se não gostam, também falam com a maior naturalidade. Crianças não têm “papas” na língua e agem de acordo com seu coração. Se o coração lhe diz para abraçar, acarinhar alguém faz sem a menor cerimônia, sem pedir o nosso consentimento.

Seria tão bom se nós adultos pudéssemos ser expansivos e espontâneos como as crianças. Em muitos casos, até podemos. Que mal teria em dar um “olá” para alguém na rua que não conhecemos ou que finge não nos ver? Que mal teria em cumprimentar calorosamente com um abraço alguém que gostamos? Que mal teria em falarmos a verdade com frases abertas? Com as crianças aprendemos muitas lições, e tenho certeza que tudo seria mais colorido e mais divertido se copiássemos algumas de suas características. Deixe de vez em quando aflorar a criança que mora dentro de você!

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