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Inacreditável

Lamentável! É o que posso dizer sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) ontem (17 de junho), ao derrubar a obrigatoriedade do diploma. Por oito (!!!) votos a um, foi definido que para atuar como jornalista não é mais necessário um diploma, uma graduação. Para quê passar anos em uma faculdade, passar por noites insones de estudos, trabalhos, teorias, para alguns ministros simplesmente decidirem o ruma da minha profissão? Ministros!?! O que eles entendem de Jornalismo, para definirem se é ou não importante ter formação acadêmica?

Somente um ministro, Marco Aurélio Mello, votou a favor de um jornalismo mais qualificado e coerente. A frase: “O jornalismo não é um ramo do conhecimento, como Direito e Medicina”, dita pela advogada Taís Borja Gasparian, deixou muitos surpresos e indignados. O ministro Gilmar Mendes também fez comparações estapafúrdias, ao comparar a atividade exercida por um cozinheiro com a necessidade do diploma de jornalismo. (Nada contra aos cozinheiros, mas o comentário foi completamente infeliz).

Antes da queda do diploma uma pesquisa foi realizada nas ruas, nas comunidades, e mais de 70% da população se posicionou favorável à exigência do diploma. A sociedade manifestou a sua opinião ao dizer que quer um jornalismo qualificado, com embasamento teórico e prático. Mas de quê adianta pesquisas de opinião se a democracia não funciona devidamente? Por mais que eu não precise mais de um diploma para exercer a profissão de jornalista, continuarei estudando até o final do curso.

Quero me formar e fazer uso da profissão com uma formação, não apenas por atos ou palavras. Espero com esperanças que essa decisão seja revogada. A sociedade merece ter informações mais qualificadas e melhor apuradas. E a classe jornalística tem o direito de ter o seu trabalho reconhecido e respeitado. Fica aqui o protesto de uma futura jornalista que preza por um jornalismo de formação.

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