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Precioso Tempo Ocioso

Enfim as aulas do semestre acabaram, os dias cansativos de algumas aulas chegaram ao fim. Primeiro dia de férias, que maravilha! Saio do estágio mais cedo – considerando que eu quase sempre fico depois no meu horário – saio pontualmente às 17h30min. A expectativa de chegar em casa cedinho é grande. Afinal, férias são momentos para se fazer coisas que não se pode ou não se tem tempo de fazer nos dias normais. E eu tenho muitas coisas a fazer, que fica quase impossível de conciliar com os trabalhos de aula.

Vários livros estão à minha espera na cabeceira da cama ou na estante. Muitos filmes para pôr a sétima arte em dia. Diversos fragmentos de textos a serem concluídos. Arrumações e organizações a serem feitas. Enfim, coisas não faltam, apenas tempo. Pois bem, cheguei à minha casa cedo, com planos de terminar o livro que estou lendo, ou assistir um filme, ou a mais um episódio de Lost. Mas, resolvi testar, brevemente (minha intenção era essa) um novo joguinho de computador. Porém, acontece que nunca consigo jogar por menos de uma hora.

Então, eis que passou uma hora, duas, três... e eu ali vidrada na frente do computador. Quando percebi já era tarde e chegada a hora de ir dormir. E a minha noite, que era para ser produtiva, com livros e filmes se tornou apenas mais uma noite que desperdicei na frente de um jogo, legalzinho, porém inútil, que não me acrescentou nada, apenas uma distração e um entretenimento.

Mais uma vez fui dormir frustrada por ter aproveitado mal o meu tempo, com a sensação de que poderia ter feito algo mais interessante. Porém, fiquei a pensar: por que temos a tendência de sentir culpa quando não fazemos nada de produtivo? Tudo bem, que o tempo “perdido” não volta mais. Mas, especialistas na área da saúde dizem que faz bem de vez em quando nos dedicarmos um pouco ao ócio.

Faz bem para o corpo e para a mente esquecer um pouco as atribulações do dia-dia. Portanto, não há pecado algum em vez por outra, ficar de pernas para o ar, só curtindo, mesmo que seja com pequenas besteirinhas como um joguinho de computador. Sábio é o Garfield, que já descobriu isso há tempos.

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