O céu estava azul, o sol parecia estar saudando as pessoas, a temperatura estava realmente agradável, afinal era primavera, e as flores coloriam as avenidas, os parques, os canteiros. Renato acordou, tomou banho, leu o jornal acompanhado de um café. Despediu-se da esposa e da filha e saiu para o trabalho. O dia parecia perfeito, mas Renato em seu íntimo sabia que nem tudo estava perfeito.
Há dias algo atormentava os pensamentos de Renato, que até então, sempre foi bom marido, bom pai, bom trabalhador, bom vizinho, bom filho. Enfim, Renato estava com problemas, mas preferiu guardá-los só para ele. Sempre comedido, introspectivo, Renato dificilmente falava de seus sentimentos ou problemas. No meio do caminho, em direção ao trabalho vivenciou uma situação pouco usual para ele e que ele normalmente condenava.
Ao parar no sinal, cumpriu as devidas normas do trânsito, porém quando a cor mudou do vermelho para o verde, Renato quis logo avançar, mas foi impedido por uma velhinha, com passos lentos. Normalmente gentil, Renato impacientou-se ao ter que esperar a velhinha “atrasada” passar. Atrás dele as buzinas já eram constantes. Impaciente com o barulho das buzinas que lhe atormentavam ainda mais a mente, Renato agiu de forma indelicada com a velhinha que poderia ser sua mãe.
- Ô vovó, se não consegue caminhar, fica em casa. Eu tô com pressa, preciso trabalhar. Anda mais rápido, vamos de uma vez! Ao presenciar a cena, um menino que pedia trocados no sinal tentou defender a velhinha. - Ô tio, ela é velhinha. - Eu te perguntei alguma coisa moleque? O menino ficou sem respostas. Após alguns segundos de espera, Renato conseguiu partir deixando para trás duas pessoas magoadas com a intolerância de seus atos. Ao final do dia, lembrou-se do acontecido e sentiu-se mal por ter agido de tal maneira, mas agora era tarde para reverter o erro. Restava apenas tentar não repeti-lo.
Há dias algo atormentava os pensamentos de Renato, que até então, sempre foi bom marido, bom pai, bom trabalhador, bom vizinho, bom filho. Enfim, Renato estava com problemas, mas preferiu guardá-los só para ele. Sempre comedido, introspectivo, Renato dificilmente falava de seus sentimentos ou problemas. No meio do caminho, em direção ao trabalho vivenciou uma situação pouco usual para ele e que ele normalmente condenava.
Ao parar no sinal, cumpriu as devidas normas do trânsito, porém quando a cor mudou do vermelho para o verde, Renato quis logo avançar, mas foi impedido por uma velhinha, com passos lentos. Normalmente gentil, Renato impacientou-se ao ter que esperar a velhinha “atrasada” passar. Atrás dele as buzinas já eram constantes. Impaciente com o barulho das buzinas que lhe atormentavam ainda mais a mente, Renato agiu de forma indelicada com a velhinha que poderia ser sua mãe.
- Ô vovó, se não consegue caminhar, fica em casa. Eu tô com pressa, preciso trabalhar. Anda mais rápido, vamos de uma vez! Ao presenciar a cena, um menino que pedia trocados no sinal tentou defender a velhinha. - Ô tio, ela é velhinha. - Eu te perguntei alguma coisa moleque? O menino ficou sem respostas. Após alguns segundos de espera, Renato conseguiu partir deixando para trás duas pessoas magoadas com a intolerância de seus atos. Ao final do dia, lembrou-se do acontecido e sentiu-se mal por ter agido de tal maneira, mas agora era tarde para reverter o erro. Restava apenas tentar não repeti-lo.
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* Texto escrito para a disciplina de Redação Jornalística III
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