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Do papiro ao digital

Desde os primórdios, época de papiros e pergaminhos, o livro é um artefato extremamente importante na história e cultura do mundo. Já na Idade Média os monges copistas dedicavam-se em tempo integral para reproduzir obras e assim fazer com que a história não desaparecesse com o tempo.

Mais tarde, com a invenção da impressão, os livros passaram por evoluções que modificariam para sempre a maneira de ler. O responsável por tamanha façanha foi Johannes Gutemberg.

De lá para cá, a maneira de construir e ler uma obra mudou, e muito. Hoje, com a tecnologia a todo vapor, não é mais necessário comprar livros para se obter uma leitura prazerosa. Na era da internet, midiatização, é possível simplesmente fazer o download do livro escolhido e se deleitar com a leitura, na tela do computador mesmo, ou até mesmo no celular.

Alguns anos atrás a opinião das pessoas de que o computador e a internet não roubariam o espaço dos livros era unânime, pois até então, livro era uma coisa que dava para se carregar para qualquer canto, apenas quando impresso. No entanto os computadores foram diminuindo de tamanho, e com o notebook ficou fácil carregar o livro, mesmo que no computador para qualquer lugar.

Ainda assim, há quem, como eu, defenda o livro no formato original, encadernado, impresso. Nada melhor para se ler um livro do que o tê-lo nas próprias mãos, sentir a textura e o cheiro do papel.

Quando muitos pensavam que o livro já tinha chegado ao ápice de sua modernidade, eis que surge algo novo: um leitor de livros digital. O Kindle 2, ainda não chegou ao Brasil, mas em outros países já é um sucesso. Mas o que ele tem de tão interessante? Com o Kindle 2 você pode carregar sua estante para onde quiser. Ele armazena 1500 livros. Possui um design super moderno, possui sistema de pesquisa interno, podendo até mesmo colocar referências nos rodapés das páginas. Porém, para quem já está habituado ao novo modo de leitura, o Kindle possui ainda algumas desvantagens: as páginas somente podem ser visualizadas em preto e branco e o preço ainda é alto.

Em plena era digital não é possível resistir às mudanças, temos que nos adaptar a elas. Um aparelho portátil onde posso carregar todos os livros que me interessam, é muito estimulante, mas ainda assim, prefiro a idéia de adentrar uma livraria e me perder nos diversos títulos e capas. Não é uma resistência à modernidade, apenas uma ilusão de preservar a beleza de um livro impresso.

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Texto escrito para a disciplina de Redação Jornalística III.

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